Abrandamento económico exige prudência nas contas públicas, alertam economistas
O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu os valores da dívida pública e do crescimento da economia nos últimos dois anos, tendo o rácio da dívida em 2023 passado para 97,9% do PIB, uma melhoria face aos 99,1% estimados anteriormente.
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O crescimento da economia entre abril e junho foi revisto em alta pelo INE, passando de 1,5% para 1,6%, em comparação com o mesmo período do ano passado. (na economia e nas contas públicas) devido à pandemia, a situação reverteu para a antiga trajetória, uma dinâmica positiva, mas lenta. As atuais revisões são, portanto, de pormenor”, sublinha João César das Neves, professor Catedrático da Católica-Lisbon. "Contra o excedente " O economista nota que, "graças sobretudo à inflação”, a dívida publica caiu de 1,34% do PIB em 2020 para os tais 97,9% em 2023. No entanto, acrescenta, “apesar desse ótimo resultado, o valor atual é ainda muito preocupante, e as condições para continuar a trajetória de redução da dívida são hoje muito piores, com o fim da inflação anormal, um Governo minoritário e enormes pressões das corporações”.
Nota: Pode ler este conteúdo na íntegra na edição impressa do Diário de Notícias de 24 de setembro de 2024.
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