Os media como mecanismo de acolhimento: Jovens refugiados visitam a Católica numa experiência de integração

No dia 24 de fevereiro, um grupo de jovens refugiados acompanhados pela Aldeias SOS visitou a sede da Universidade Católica Portuguesa, numa iniciativa promovida pela Faculdade de Ciências Humanas (FCH), a Biblioteca Universitária João Paulo II e o Gabinete de Responsabilidade Social.

A visita decorreu no âmbito do trabalho de investigação sobre jovens refugiados e o uso dos media como forma de acolhimento, desenvolvido pelas docentes Sandra Borges Tavares e Patrícia Dias.

Sandra Borges Tavares, docente na FCH, destacou a importância deste encontro, “focado nos jovens refugiados e o uso dos media como forma de integração no país de acolhimento.”.

O encontro “despertou a nossa atenção para a necessidade de criar mais oportunidades, tanto a nível de intercâmbio cultural como também no que respeita ao nosso papel de investigadores e professores, sempre com um olhar atento ao que se passa no mundo”.

Inês Espada Vieira, Coordenadora da Iniciativa para Estudantes e Investigadores em Risco da Universidade Católica, também destaca a importância deste momento, afirmando que o momento “na aula de Língua Portuguesa II, do curso de Línguas Estrangeiras Aplicadas, foi um encontro na “roda de conversa”, todos juntos no mesmo território ético e humano, apesar das diferenças evidentes nas vidas de cada um.”.

O percurso na Biblioteca Universitária João Paulo II incluiu uma visita guiada, onde os jovens conheceram as diferentes áreas da Biblioteca, desde a sala de digitalização e os equipamentos utilizados, até à coleção de monografias e à exposição de arte digital Fancy Van Gogh. "Esta iniciativa reforçou o compromisso da BUJPII com a inclusão e a promoção do conhecimento para todos", afirmou o bibliotecário Samuel Santos.

Para Mariana Andrade, Coordenadora de Capacitação Social, Diversidade e Inclusão do Gabinete de Responsabilidade Social, "dar a conhecer a Universidade e partilhar experiências com jovens de diferentes realidades é sempre muito gratificante. Foi especialmente enriquecedor ver como, em tão pouco tempo, estes jovens se abriram a esta nova realidade e demonstraram o seu interesse".

Chiara Vitiello, técnica das Aldeias SOS, agradeceu a experiência proporcionada, afirmando que "os jovens adoraram e ficaram super curiosos com tudo o que viveram na Universidade.” “Atividades como esta são ótimas para eles conhecerem novos contextos e pessoas que, provavelmente, nunca iriam ter a chance de conhecer de outra forma", salienta.

Mais do que uma simples visita, esta experiência proporcionou um momento de partilha e descoberta, promovendo o encontro entre diferentes culturas e perspetivas.