O futuro da comunicação. Nova cadeira da Católica ensina alunos a criar Podcasts
Meios Sonoros e Podcasting é a nova cadeira do Mestrado em Ciências da Comunicação da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica, que damos a conhecer hoje, Dia Internacional do Podcast.
Lecionada pelos docentes Rita Curvelo e Luís Loureiro, a nova oferta formativa da FCH vai dar a conhecer, aos alunos, o mais recente meio de informação e entretenimento que, sobretudo durante a pandemia, se tornou um verdadeiro fenómeno de comunicação.
Mas afinal o que é o Podcast? A palavra vem da junção de “iPod” e “Broadcast”. Quanto a definições, existem muitas, mas podemos dizer que o Podcast é um conteúdo em áudio, disponibilizado através de um arquivo ou streaming, que pode ser ouvido em diversos dispositivos, quando se quer, e que aborda um assunto específico, com o objetivo de criar uma audiência fiel.
Quanto às vantagens deste formato, também podemos apontar várias, mas talvez a maior de todas seja o de permitir aproveitar o tempo disponível e aumentar a produtividade diária. É por isso natural, que esteja a conquistar cada vez mais ouvintes e a gerar um grande interesse.
Segundo Rita Curvelo, esta cadeira pretende dar aos alunos mais uma ferramenta que lhes seja útil e que assenta em duas dimensões: “queremos que enquanto ouvintes percebam o que podem encontrar e como se podem precaver, mas também queremos prepará-los para profissionalmente usarem esta ferramenta como instrumento de trabalho.”
Apesar de ter surgido em 2004, o Podcast tem “crescido em flecha”, como refere Rita Curvelo lembrando que “fazia todo o sentido ter esta oferta tendo em conta a emergência do podcast e o interesse dos alunos.”
“Temos a cadeira de Comunicação Radiofónica desde que existe o curso de Comunicação Social. Depois foi criada a disciplina de Projeto de Rádio e no seguimento desta, a cadeira de Meios Sonoros e Podcasting. É uma sequência natural”, salienta a docente.
Já Luís Loureiro, o outro docente da cadeira, recorda que “o séc. XXI é extraordinário porque marca o regresso do som e da palavra falada”, acrescentando que “as plataformas tecnológicas, depois de estarem centradas no messaging, vieram passar para uma dimensão em que o áudio é colocado no topo.”
“O que aconteceu foi uma conjugação do enorme desenvolvimento das plataformas de reconhecimento de voz e a realidade da pandemia que trouxe as pessoas para uma plataforma audiovisual, na maior parte dos casos áudio,” acrescenta o docente.
Planear, criar, gravar, editar, publicar. É este o processo do Podcast, meio que, segundo Rita Curvelo, “tem em comum com a rádio a simultaneidade de ações possíveis de executar enquanto se ouve uma conversa. Depois tem a vantagem de ser o ouvinte a impor as coordenadas. A escolher o que quer ouvir, quando e onde. Uma liberdade que a rádio não tem.”
Além disso, complementa Luís Loureiro: “cada vez mais, os podcasts são utilizados pelas organizações para comunicar”, ou seja, “já são um negócio.”
A terminar, quisemos saber que Podcasts estão os dois docentes neste momento a ouvir. Rita responde com um sorriso: “continuo a ouvir com muito interesse ‘As Mulheres Não Existem’, da Carla Quevedo, do Expresso, o ‘Extremamente Desagradável’ da Rádio Renascença e o ‘Governo Sombra’, do Carlos Vaz Marques.”
Já Luís Loureiro confessa que “depois de ter passado por todos”, está agora “mais fidelizado em podcasts de música, onde os compositores explicam a origem das suas canções”, mas também, não resiste a “procurar tudo o que é estranho, novo e diferente.”
Categorias: Faculdade de Ciências Humanas
Sex, 30/09/2022