PauliTuna: Mais do que saber cantar ou tocar, é uma família

“Se fosse uma palavra, sem dúvida era família”, é assim que Beatriz Barreto, estudante do 2.º ano da Licenciatura em Enfermagem do Instituto de Ciências da Saúde (Lisboa), descreve a PauliTuna. Foi entre a azáfama e a alegria que antecede o primeiro ensaio depois das férias, que a aluna e as colegas Inês Lourenço e Mafalda Lameiros aceitaram falar desta família.

Inês, que hoje é Magíster – ou, para os leigos, Presidente – entrou na Tuna Mista da Escola de Enfermagem da UCP, em Lisboa, logo no seu primeiro ano, e nunca encarou os dois ensaios por semana como uma tarefa. Muito pelo contrário, conta-nos que a “PauliTuna era sempre uma forma de esquecer todos os problemas”. Tanto que “chegava a trocar de turnos para poder vir aos ensaios.”

Este é um “escape” que sempre lhe “encheu o coração”. Já Beatriz entrou mais tarde. Para a aluna estava “completamente fora de questão” cantar e fazer a audição. Mas hoje, é com emoção que fala da família a que passou a pertencer. “Eu nunca pensei ser tão bem recebida como fui na tuna”. Foram os colegas que lhe ensinaram a tocar a pandeireta, instrumento que escolheu, apesar de confessar que “não fazia ideia de como tocar”. Na PauliTuna isso não é problema. A estudante explica: “nós não sabemos cantar, não sabemos tocar, mas ajudamo-nos sempre que for preciso”. Para Beatriz, “a essência da PauliTuna é “empatia” e “paixão.”

É por isso que aconselham os novos estudantes a aderir ao grupo. Ao entrar para a tuna, começam por ser candidatos, e o momento que mais marcou Inês “foi sem dúvida passar a caloira”. “Chorei rios” conta-nos a rir. Para chegarem ao último nível da hierarquia e passarem a ser tunantes, têm de ser avaliados pelo Conselho de Tunantes. “Não é que seja necessariamente difícil, mas existem certos critérios, como ajudar outros membros e a forma de trabalhar em tuna”, explica a futura enfermeira.

Prestes a aderir está Mafalda. Ao falar sobre o que a motivou, destaca “a alegria” e “as músicas” da Tuna. Tal como Beatriz, não pensava em tentar porque achava que cantava “mais ou menos mal”, mas as colegas discordam. Foi a Presidente e madrinha que a convenceu: “A Relações-Públicas (RP) é a Bia, mas a Inês é a maior RP de sempre, porque ela está sempre a dizer: venham para a tuna, venham para a tuna”. E Mafalda foi.

O ambiente familiar, a empatia, e a entreajuda entre os colegas trouxeram estas três estudantes para a PauliTuna. Transformou-se num escape para os problemas e uma forma de fazer amigos. Mas na opinião da Magíster: “o dia especial da tuna ainda está para vir”. Aguarda com antecipação a publicação dos estatutos e a oficialização do nome desta grande família. Acredita que “esse vai ser o melhor momento da tuna.”